sexta-feira, 30 de maio de 2008

avulso.

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saio do trabalho morta de dor de cabeça. leio algum livro "do momento" no ônibus até chegar em casa.
chegando, pego a minha chave, abro o portão. abro a porta. subo as escadas, dou um alô pro meu gato que ronrona sem parar e roça nas minhas pernas.
caminho até o meu quarto, pego a toalha na minha varanda. vou pro banho, o gato vem junto e me espera sair do box deitado no tapetinho do banheiro. saio, me enxugo, me visto. desodorante, penteio os cabelos. abro o armário, pego uma coberta e um cobertor. coloco-os na cama. arrumo os travesseirinhos e o travesseirão de modo que eu encoste a cabeça na cabeceira, que eu sente na cama. escolho um cd do meu aparador com mais ou menos trinta. acabei de começar minha coleção de cds, a livraria me permite. ultimamente escolho matt costa ou death cab for cutie. se eu tivesse um elliot smith ou um she&him colocaria. aliás, preciso comprar esses dois com uma certa urgência. ouço no ipod, mas gosto de ter o cd.
desligo todas as luzes. sento na cama. ligo meu abajur.
leio, leio tanto que me faz ter saudade do futuro. e esquecer o passado, por mais doloroso que seja.
tudo isso num singelo e puríssimo ato de solidão. triste, tocante, simples.

o gato, ah, o gato. pula na cama.
e já não me sinto mais tão só.

e você, tem nostalgia do futuro?

"...e que em qualquer lugar em que estivessem se lembrassem sempre de que o passado era mentira, que a memória não tinha caminhos de regresso, que toda primavera antiga era irrecuperável e que o amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera."


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terça-feira, 27 de maio de 2008

até o fim raiar.



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empolgada ou apaixonada?
de cantar junto, de dormir junto, de amanhecer junto.
de estalar os dedos, ranger os dentes e roncar muito enquanto dorme.

dos mesmos gostos de fotograria.
diferentes dos da gastronomia.
a mesma alegria.

mantendo os pés no chão,
com medo do presente.
mas no futuro, flutuar.
sem medo de amar.

esper(ar).

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sexta-feira, 9 de maio de 2008

e enquanto o mundo girava...




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... eu parava. parada, ali. chá, mel e antibióticos.
é tão ruim pensar que uma pessoa pode estar mentindo pra você. e você não pode fazer nada, absolutamente.
pior do que isso é não ir trabalhar (por causa da sinusite) e pensar essas coisas, que não deveriam ser pensadas.
mente vazia, oficina do diabo?

penso nas possibilidades, de vez em quando. e quando penso, penso além do que é minha vida hoje.

penso além dos meus sonhos, do quanto e como eu quero a vida de tal forma pra mim. daqui pro futuro.
sinto e sento. paro e preparo. leio, observo, aspiro.
respiro.
não aquela fumaça deturpada de nicotina, que me afasta do sono. não quero mais assim.
respiro aquilo que chamo de liberdade, conquistas, emoções.

corações.

o meu se vai, assim, de todos os outros.

outras ambições me aguardam, vanguardam.

e enquanto nenhum me conquista, não espero mais nada.

a não ser passar uma noite fria, esperando o dia de trabalhar.

e parar de pensar nesse tipo de besteira, caseira.
sem deixar que o ócio tome conta de mim.

mente sã, sem fim.

amanhã.

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