quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

derrete.


por um segundo achei minha sorte
indo embora daquele velho cais
me deixando, se esvaindo
desse corpo cansado, enrugado
enxarcado de futuros quebrados
numa tentativa de plano fugaz.
a minha maré tá muito forte
tá tão forte que não há peixes
já desisti de procurar por eles
e já não me aguento mais.

a maré tá forte demais.


sábado, 23 de janeiro de 2010

ojos cerrados.

dormir na solidão, chegar perto do escuro e tocá-lo sem sentir que o amanhã é tão escuro quanto a solidão dormente.