quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

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the lucksmiths, marcito, livraria cultura, bomba, madruga, skiter, cássio, sete, gg, wisky, brisa, bruno, conversa-boa, casa, comida, família, tios, cerveja-cerveja-cerveja, primos, uno, jogo, gargalhadas, cereja-verdadeira, doces importados, kelly, victor, tia-maluca, cigarros, lucas, lucas, lucas, lucas, piadas, besteiras, casos, vontades, diversão, bebidinhas, planos, sobremesas, cama, telefone, ex-namorado, mais-lucas, sono, cigarros, chuva, marcito, the lucksmiths.


<3

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terça-feira, 25 de novembro de 2008

um amor que já morreu.

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é muito raro eu postar trechos de coisas que vejo ou leio. mas hoje é um caso bem especial.
trabalho numa livraria e vejo muitos livros por dia; fato.
esses dias, um me chamou atenção e dizia assim no verso:

"lembro dessa burrice bonita de que é feita a última esperança. lembro de insistir em não acreditar no que meus olhos gritavam para eu ver. lembro de um buraco na porta, de uma porta que era só uma das coisas que naquele momento me separavam dele. lembro de finalmente conhecer o que seria capaz de nos separar, o que seria capaz de me fazer desistir dele. eu me lembro de lembrar do medo e, então, tudo fazer sentido. de uma vontade de estar errada, um telefone que tocava, tocava, tocava. antes ainda, um e-mail sem resposta. diante de mim, o silêncio e a não explicação. no pensamento, sonhos que eu não admitia mortos também. atrás de mim, uma despedida que não foi. e acima da minha cabeça, um céu azul ensolarado, iluminado de realidade."

cristiana guerra em seu livro para Francisco,

blog que virou livro: parafrancisco.blogspot.com
comprei o livro hoje e não li ele inteiro. tenho uns dois na fila ainda... mas acho que vale a pena!
ficadica.

boa-quasequarta.
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terça-feira, 18 de novembro de 2008

me acompanha, acaso?

andei procurando um sentido pra isso tudo existir.
ultimamente não tenho saco pra escrever, compor, expor.
quero viver, andar pela cidade, conhecer os becos, as ruas, o caos.

talvez eu esteja exagerando, mas minha vida precisa de uma nova vida.
novos ares, novos mundos. sob os meus pés, passos largos de quem tem ânsia por caminhar.
e se o acaso me acompanhar, alguém me acha para brindarmos o que está por vir.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

vintedois-quarta-feira.

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fui visitar o pronto-socorro ontem. minha garganta amanheceu podre, e, como sempre, minhas belíssimas amígdalas estão inflamadas. me demorei por lá duas horas até receber essa singela conclusão: atestadodedoisdias, fim-de-papo. liguei pra livraria, avisei direitinho. não tinha nada pra fazer depois daquela consulta, mas sabia que algo esperava por mim ali no conic, um super complexo de diversões em brasília. desde puteiro do lado da igreja universal do reino de deus até sex shop ao lado de casa de umbanda. lá tem todos os tipos de gente. porém, era numa daquelas famosas camiseterias que são comumente frequentadas pela galera nerd-emo-otaku que eu ia. tá, combinei e fui. desci até a avenida w3 pra pegar o ônibus e me apareceu um zebrinha (espécie de micro-ônibus com listrinhas alaranjadas). coisalindadedeus. me senti uma cidadã brasiliense novamente depois de tantos anos. se não me engano a última vez que peguei essa linha de zebrinha foi pra almoçar na casa de um ex-namorado, que mora na avenida l2 norte, quando eu tinha 14 anos. tá, esse negócio de avenida com letras e números deve tá estranho pra quem não mora em brasília, mas imaginem que eu tô falando avenida brasil, estados unidos ou nomes desse tipo. a linha era w3 sul - conic - l2 norte. começou uma chuva muito forte e eu nem me importava mais em caminhar na chuva. fiquei cantando mentalmente um elliot smith, pensando "me mata chuva, me mata". tô meio deprê, galera. tentem entender... ouvi de um cara o grito "corre mulher, segura a peruca". enfim. passei por toda a w3sul-chuvosa. que nostalgia, minha gente. lembro de quando ela era visualmente não-preenchida pela arte-grafite. agora as paredes estão todas coloridas e se misturam com as muitas lojas de tecidos. além de funerárias, uma cópia do mercado municipal de são paulo versão mini, bancos em grevegrevegreve, supermercados, escolinhas, bancas de jornal, galerias. me bateu uma vontade enorme de fotografar de novo.
tocou-meu-coração. beijos. cheguei lá no conic, o zebrinha me deixou na porta do conic. panfletospanfletospanfletos. aquele povo esquisito, estranho. passei na frente de uma das lojas de artigos de skate o vi: lindo, pretinho com um pedacinho branco. meu futuro, classic vans. apaixonei na mesma hora. fiquei namorando ele um pouquinho, o vendedor da loja saiu e perguntou se eu tava bem. claro que eu tava bem, mas tava caidinha por ele, aquele tênis lindo, dishorá. me recuperei, respondi o rapaz simpático e fui caminhando pelas galerias. pensei em furar o mamilo, quase fui, faltou pouquinho pra ir. mas desisti, pensei na dor aguda. mais dor do que sinto agora é quase impossível, mas vamos levando. daí, passei na camiseteria e encontrei o lindo. fomos de ônibus mesmo. pegamos ali na rodoviária, MELDELS! quanto tempo eu não passava por lá? me deu mais vontade de fotografar ainda. enfim, voltamos pro guará (espécie de bairro onde moro) e tomamos uma cervejinha num papinho gostoso até umázóra.
mefez-bem.
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quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei
Ela falou: - Você tem medo.
Aí eu disse: - Quem tem medo é você.
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém
Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu
sinto por você.
Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê.

E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo.

domingo, 5 de outubro de 2008

ainda é cedo.

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vou levando assim,
sem querer acreditar
nesse ardor ruim.

sou nós - e você sem mim.
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

brainstorming.

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desencanar é sempre muito difícil quando se tá na fossa. mesmo sem estar nela, é possível desencanar daquela tia chata e manca, daquela mãe controladora, do primo que só fala merda quando você está por perto e até mesmo daquelas indesejáveis fofoquinhas ao seu redor. porém, nada é mais difícil do que desencanar daquele garoto que você ficou, daquela gatinha que você transou.
o ato de desencanar (desencanação? desencanamento? desencantamento?) é, podemos dizer, quase uma obra de arte. tem que ser muito artista (ou arteiro) pra conseguir desencanar da urucubaca que corre solta por aí. e o que seria de mim sem alguns pensamentos positivos, boas vibrações, tarô, búzios, orixás, xamãs, imagens, colares e mais o escambau a quatro? eu vos confesso: ainda estaria na fossa. mas nãããããão, minha gente! estou aqui pra mostrar pra vocês que é possível, sim!, desencanar e ficar ACIMA da pessoa amada. eu, mais do que ninguém nesse brasil varonil, sei disso!


...


sei?
quem está por trás dessa loucura?
vadereto,chutaqueémacumba.
prontofalei.

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domingo, 21 de setembro de 2008

ausência.

depois do sol lindo de setembro, vem a chuva forte de um pré-outubro.
em que nos tornamos, afinal? mas, deixa. o vento leva tudo embora...


agimos certo sem querer. foi só o tempo que errou. vai ser dificil sem você porque você está comigo o tempo todo. e quando vejo o mar, existe algo que diz que a vida continua e se entregar, é uma bobagem. já que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de mim. quero ser feliz ao menos. lembra que o plano era ficarmos bem. sei que faço isso pra esquecer. eu deixo a onda me acertar e o vento vai levando tudo embora...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

cura

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eu só quero que você saiba
sem longas e nem delongas
que o que sinto é infinito

e mesmo que não caiba
nem com letras minusculas
nesse seu peito partido

que essa minha paixão arda
como gelo em sua têmporas
marcando um elo no meu coração;
querido.

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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

o meu abismode-maio:

finito,
infindável...


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

palavrasde quarta-.

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Hoje é quarta-feira.
Peguei lápis e papel pra ver se saía alguma coisa da minha cabeça.
Na verdade: nada. Nadando por linhas tortas de um futuro que eu quero esquecer.
Não quer ser esquecido. Me persegue, assim, perseguindo.
Deixando uma luz bem acesa,
Perto de um precipício:
Na beira.

Hoje é quarta-feira.

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quinta-feira, 24 de julho de 2008

geeking around.




gente, olha eu ali toda faceira dançando um ska no show do new york ska-jazz ensemble!
MELDELS! ;o

pros que se preocupam: tô melhorando.
estou viciada em leitura, mais espcificamente nos livros da stephenie meyer. falam de vampiros, basicamente. mas não de um jeito cliché.
ela é foda. acabei, exatamente agora, de ler o twilight ou, em português, crepúsculo. quero começar a ler o new moon que só tem em inglês ainda, e eu, como trabalho numa livraria, vou fazer, juntamente com meus amigos de trabalho, a promoção do new moon em português, que vai ser lançado em outubro. vou vestida de vampirinha com dentadura e tudo:

- senhor, seu cpchhhhhhh-efe por fa-chhhhhvor?

no crepúsculo tem o primeiro capítulo do new moon (em português, lua nova), e diga-se de passagem que é FODÁSTICO. compro amanhã mesmo. é bom que pratico meu inglês que tá mais parado do que o caixão do drácula.
pegaram o trocadilho?

c'est la vie!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

peregrinação...





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Parti para Roma, queria aprimorar a língua italiana. Sou formado em um cursinho de italiano. Quando cheguei na cidade, era tudo tão lindo. Fiquei extasiado. Fui direto para o apart-hotel em que me hospedaria, junto com um brasileiro, um italiano e um inglês. No primeiro dia de aula, foi tudo muito tranquilo. Eu estava em clima de festa, de conhecer pessoas, de me divertir. Voltamos ao apart-hotel, eu e meus amigos que citei anteriormente. Decidimos nos arrumar ir à uma boate bem famosa na capital. Tomei quatro energéticos Red Bull para tentar suprir a falta do LSD, que tanto usava em Brasília. Me vi dançando a noite inteira. A partir de um momento, não resisti e fui atrás de um microponto de LSD. Fiquei satisfeito. Percebi que a cidade era uma putaria, do jeito que eu gostava. A festa acabou às quatro da matina, mas não tinha acabado para mim. A psicodelia dançava na minha cabeça, não me deixava parar. Voltei ao apart, peguei a bicicleta e pedalei sem rumo por Roma. O efeito não tinha parado nem quando voltei e tentei dormir. Estava enlouquecido na cama quando senti uma coisa quente em cima do meu peito, como se apertasse meu coração. E tive certeza, naquele momento que era a mão de Deus. Ouvi claramente Ele dizer "Tire seu tênis e caminhe até o Vaticano. Leve consigo 20 euros, mas não gaste. Leve uma garrafa vazia de água, mas só encha-a nas fontes de Roma. Peregrine.". Acordei meu amigo de quarto, e percebi que ele estava possuído. Quem estava ali era Lúcifer. Coloquei a mão sobre a cabeça dele e disse "Sai, demônio! Esse corpo não te pertence!". Meu amigo levantou de um susto, e, pude então dizer que iria ao Vaticano. Saí de cueca samba-canção e descalço pelas ruas, não via ninguém a não ser a calçada. Só caminhava e caminhava. E ouvia Deus me dizer para não desistir. Vi o sol nascer, e começou a ficar escaldante. Enchi minha garrafa de água, bebi. Nessa hora, uma mulher se aproximou e tive a plena certeza de que era um anjo, um anjo em forma de mulher. Ela me disse "meu filho, acredite e vá", me deu as costa e saiu. Naquele momento eu tive certeza da presença d'Ele na minha vida. Caminhei mais um pouco e parei na frente da casa de uma senhora, a olhei nos olhos e vi que era uma pessoa muito boa. Quando estava na rua, eu tinha como perceber que estava ou não estava possuído. Os bons me olhavam profundamente nos olhos, já os maus, sequer levantavam a cabeça para falar comigo. Pois, esta senhora me deu roupas. As vesti e continuei no meu caminho até encontrar uma igreja. Entrei afoito e subitamente procurei o padre, sem saber ao certo o que falar para ele. Mas eu sabia que nem o padre nem ninguém poderia me ajudar naquele momento. Somente Deus poderia. Decidi descansar um pouco no tapete da igreja, quando fui chutado por um coroinha que me mandou para fora, mas antes eu só repetia que queria falar com o padre. Ele não tinha outra opção a não ser me chamar de louco. Logo em seguida disse que hoje era um dia triste na igreja e que o padre estava muito ocupado. Quando olhei para a porta da igreja, entrava um caixão com um defunto e um grupo pequeno de pessoas chorando. Coloquei a mão sobre o ombro de uma senhora e disse "não há porque haver dor". Por um momento, naquela peregrinação toda, me senti Jesus. Foi a pior coisa que me aconteceu. Mudei de idéia, continuei caminhando, pedindo água para as pessoas e elas me olhavam com muito nojo. Passei por um posto de gasolina e uma moça me ofereceu um par de havaianas (sim, eram havaianas mesmo, número 35 para um pé 42. melhor do que nada.). Aceitei e entreguei 15 euros para ela em gratidão. Chegou uma outra moça e perguntou se eu não pagaria ela também, já que ela que tinha pedido para a outra moça entregar as havaianas. Entreguei os cinco euros que me restavam e a única coisa que senti foi piedade de duas pessoas se aproveitando de mim. Eu sabia que uma ambulância estava me seguindo, e os outros garotos da escola também. Eu sentia meus pés borbulhando cada vez mais e pedia água para muita gente (já não havia mais fontes perto de mim). Uma dessas pessoas era um homem cego. De primeira ele negou que tinha, mas depois que soube da minha fé e de onde eu gostaria de ir descalço, ele me entregou uma garrafa de dois litros cheia de água. Nessa hora, Deus voltou a falar comigo: "chega, você já sentiu na pele o que você seria se não tomasse um rumo na sua vida. Não precisa ir ao Vaticano mais. Volte para sua casa". Entendi tudo o que ele me disse, peguei seis ônibus e não tinha encontrado o apart. Somente no sétimo desci no lugar certo e sabia que vocês todos estavam me esperando aqui no Brasil. Isso me fez perceber o quanto amo todos vocês e o quanto quero ficar perto de vocês para sempre.
Essa é a minha história, acreditem se quiser.
Vamos, agora, orar um pai nosso.

Camila, leia a bíblia.

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domingo, 29 de junho de 2008

i found myself alone, alone, alone.

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hoje foi um dia lindo.
apesar da solidão que me matou por algumas horas, uma meia hora numa casa de sucos me fez refletir e mudar de solidão pra nostalgia.
dirigi do guará pra ir numa entrequadra comercial da asa norte, na treze, (só quem mora em brasília sabe o quanto é longe) pra comprar um ingresso de um show de ska, sentar numa mesa de madeira, conversar com o garçom, ouvindo bob marley, fumando e tomando um suquinho de manga com laranja num frio do cacete.

"você tá triste?"

não. eu só estava pensando na vida.
essa pergunta me fez rir um pouco. não só porque o garçom era um docinho, mas ele, que nem me conhecia, estava preocupado comigo.
algumas decisões precisam ser tomadas.
dar menos luz pras pessoas que não querem ficar.

encontrar luz nas que estão chegando.
e só.
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quinta-feira, 12 de junho de 2008

hey there, mrs. blue.

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a cabeça disse que não e o corpo pediu: - sim.
não era pra estar acontecendo.
porque eu deixei?

me ausentarei por uns dias disso aqui.
de tudo isso aqui. dessa virtualidade que me mata.
cada dia, cada pouco.
e a cada final: muito.


tudo não passa de uma verdade efêmera.

did i drive you away? i know what you'll say.
you'll say, "oh, sing one we know".
but i promise you this: i'll always look out for you.
that's what i'll do.

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quarta-feira, 11 de junho de 2008

dia dos namorados. cliché.

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um dia normal na minha vida como todos os outros dias desde agosto do ano passado. não vou me surpreender com chegadas sem-avisar, buquês de rosas vermelhas, nem mesmo cartinhas com declarações. não vou receber nada disso, mes-mo. já me acostumei a estar sozinha, assim. estou curtindo a solidão. pior do que isso tudo é gostar de alguém que mora longe e é comprometido. eu não. quero me livrar disso, na verdade. não tenho certeza do que vem do outro lado... se gosta ou se deseja e pronto. ou não.
tô numa fase bem confusa da minha vida, e esse dia, especialmente esse dia, me faz ter uma nostalgia enorme que me incomoda um pouco. me incomoda, mas por outro lado, me deixa bem.
um pouquinho também.

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terça-feira, 3 de junho de 2008

saudade-arde.

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ato de sentir o fato
de que as distâncias são maiores
entre dois apaixonados.

que moram longe:
sábios.
apego; desapegados.
onde?

no fado.

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sexta-feira, 30 de maio de 2008

avulso.

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saio do trabalho morta de dor de cabeça. leio algum livro "do momento" no ônibus até chegar em casa.
chegando, pego a minha chave, abro o portão. abro a porta. subo as escadas, dou um alô pro meu gato que ronrona sem parar e roça nas minhas pernas.
caminho até o meu quarto, pego a toalha na minha varanda. vou pro banho, o gato vem junto e me espera sair do box deitado no tapetinho do banheiro. saio, me enxugo, me visto. desodorante, penteio os cabelos. abro o armário, pego uma coberta e um cobertor. coloco-os na cama. arrumo os travesseirinhos e o travesseirão de modo que eu encoste a cabeça na cabeceira, que eu sente na cama. escolho um cd do meu aparador com mais ou menos trinta. acabei de começar minha coleção de cds, a livraria me permite. ultimamente escolho matt costa ou death cab for cutie. se eu tivesse um elliot smith ou um she&him colocaria. aliás, preciso comprar esses dois com uma certa urgência. ouço no ipod, mas gosto de ter o cd.
desligo todas as luzes. sento na cama. ligo meu abajur.
leio, leio tanto que me faz ter saudade do futuro. e esquecer o passado, por mais doloroso que seja.
tudo isso num singelo e puríssimo ato de solidão. triste, tocante, simples.

o gato, ah, o gato. pula na cama.
e já não me sinto mais tão só.

e você, tem nostalgia do futuro?

"...e que em qualquer lugar em que estivessem se lembrassem sempre de que o passado era mentira, que a memória não tinha caminhos de regresso, que toda primavera antiga era irrecuperável e que o amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera."


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terça-feira, 27 de maio de 2008

até o fim raiar.



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empolgada ou apaixonada?
de cantar junto, de dormir junto, de amanhecer junto.
de estalar os dedos, ranger os dentes e roncar muito enquanto dorme.

dos mesmos gostos de fotograria.
diferentes dos da gastronomia.
a mesma alegria.

mantendo os pés no chão,
com medo do presente.
mas no futuro, flutuar.
sem medo de amar.

esper(ar).

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sexta-feira, 9 de maio de 2008

e enquanto o mundo girava...




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... eu parava. parada, ali. chá, mel e antibióticos.
é tão ruim pensar que uma pessoa pode estar mentindo pra você. e você não pode fazer nada, absolutamente.
pior do que isso é não ir trabalhar (por causa da sinusite) e pensar essas coisas, que não deveriam ser pensadas.
mente vazia, oficina do diabo?

penso nas possibilidades, de vez em quando. e quando penso, penso além do que é minha vida hoje.

penso além dos meus sonhos, do quanto e como eu quero a vida de tal forma pra mim. daqui pro futuro.
sinto e sento. paro e preparo. leio, observo, aspiro.
respiro.
não aquela fumaça deturpada de nicotina, que me afasta do sono. não quero mais assim.
respiro aquilo que chamo de liberdade, conquistas, emoções.

corações.

o meu se vai, assim, de todos os outros.

outras ambições me aguardam, vanguardam.

e enquanto nenhum me conquista, não espero mais nada.

a não ser passar uma noite fria, esperando o dia de trabalhar.

e parar de pensar nesse tipo de besteira, caseira.
sem deixar que o ócio tome conta de mim.

mente sã, sem fim.

amanhã.

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domingo, 27 de abril de 2008




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enquanto uns vivem com a felicidade de marés-passadas, eu vivo pro futuro.
novas decisões que tomei que são por causa e exclusivamente de mim.
eu sei que muita gente vai sentir minha falta, que vou ficar longe de alguns amigos e da família, que vai ser duro viver assim.
mas algumas mudanças são necessárias, porque o mundo não é justo com ninguém.
a minha prioridade hoje é viver fazendo o que gosto. continuar no meu emprego e conseguir dinheiro pra uma câmera fotográfica decente e mais acessível.
fotografar até empacotar. eu não tenho família pra pagar faculdade de 1,2 mil por mês, que me dá carro novo, que paga minhas contas, que compra apartamento pra mim.
e por isso, e por outros motivos, estou indo embora.
deixando brasília o mais cedo possível.

pra aprender a viver e conquistar o que é meu.
à minha maneira.

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domingo, 13 de abril de 2008

i'm in the mood for ska.



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fui sozinha no melhor show da minha vida. juro que em 21 anos dessa vidinha parada, ontem foi o melhor deles.
ir sozinha não foi o problema, encontrei pessoas lá que não via há mais ou menos uns seis anos. inclusive pessoas que eu nem sabia que ainda existiam, e ainda dancei do lado delas. quando começou o show, os pelinhos arrepiaram, a vontade de dançar foi enorme e fiquei no meio da galera. abafado, suada, sem-ar. mas não parei de dançar um segundo sequer. quando tocaram "latin goes ska", o iaran foi pro meu lado me beliscar. ele estava frenético e gritava "me belisca, camila!". o batista não parada de me escoltar pra eu ter espaço pra dançar (e ele também não parava de dançar). o chico cortou o cabelo e aparou a barba, até. gritou "skataliiiiiites caraaaaaaaaaalho" no meu ouvido e me deu um abração. foi tipo família, amigos, companheiros do ska. faltou uma companhia boa, daquelas que você abraça durante o show e tudo. de dar uns beijinhos também. mas, eu estava lá pra dançar. parei de pensar nessas coisas, fechei os olhos e dancei, dancei tanto que praticamente não sentia mais os pés quando tudo terminou. aliás, nem fiquei pra ver a outra banda (alguns integrates dos móveis coloniais e bois de gerião tocando os clássicos do ska). foi meio chata essa parte, porque eu queria muito vê-los. porém estava de carona com o léo e com o lê, que já estavam me esperando lá fora. mais chapados do que tudo. comemos aquele dogzão maroto e partimos ouvindo os specials no carro.
muita emoção, muito sentimento bom.
uma galera sem-igual.

queroassimdenovo.
ousempre.

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terça-feira, 1 de abril de 2008

e na hora, vem o...



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Hoje eu estava cobrindo o pacote. Olhei pro balcão do 19 e o vi, percebi que estava ali conversando com alguém de compras.
Me voltei a olhar para frente, pro nada. Percebi alguém me olhando. Era ele. Quando olhei, mandou beijinhos e depois veio perto, me abraçou e me chamou de gatinha. Derreti. Me veio a inspiração:

Gosta. Mas gosta em segredo.
Segrega o passo daquilo que tem medo.
Doma o que é teu, não d'outra.
Outrora sinta as palavras
Ásperas, duras, concretas.
De um não: incerto.

Recitei pro André, que chegou pedindo ajuda com os pacotes da internet.
Você nunca pensou em escrever música?
Ah, já fiz... mas já esqueci como é, eu disse.
Tem talento...
(sorrisos)

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domingo, 23 de março de 2008

you can do what you want to, there's no one to stop you.



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Hoje levaram todos os CD's do Elliot Smith da loja. Compraram todos, todinhos. Eram importados e super-caros. Achei que eles estavam esperando por mim, para que eu os comprasse, mas de repente aparece um indie qualquer e compra. Tudo, tu-di-nho do meu Elliot Smith. Isso mexeu muito comigo. Ultimamente os indies estão mexendo comigo, talvez um em específico. No passado eu já tive problemas com um indie que, por incrível que pareça, tinha o mesmo nome, porém, morava em Niterói. Foi legal, Niterói é legal. Mas depois que voltei pra Brasília tudo-ficou-tão-ruim. Eu tirei a conclusão de que não dá certo. Não-mesmo, assim de esquecer. De querer esquecer, pedir para parar de fazer parte dos meus pensamentos, sabe? Tô usando muito pês.
Na última quinta-feira fui a um show, e uma das banda que ia tocar eu não ouvia ao vivo há muito tempo. Encontrei o passado de novo. Não que tivesse sido ruim, esse foi legal. Um cara que gostava muito de mim há 6 anos, de paixão mesmo. Mas eu nem dava bola. Ele então começou a namorar outra garota, que na época diziam que éramos "irmãs". Bem parecidas-mes-mo. Ele me reconheceu no show, me deu o abraço mais apertado do mundo e disse "Camilinha, que bom te ver de novo.". Isso mexeu comigo. Ele tava com a mesma garota de anos atrás ao lado dele, ainda. Fiquei feliz por isso, mas depois pensei no passado. Na última música, ele deixou a namorada de lado e veio pro meu, ficamos conversando e curtindo a música. Juntos. Estranho...
Muita coisa tá mexendo comigo ultimamente e me deixam um pouco pra baixo.
De todas as oportunidades que perdi e de todas que tentei e estou tentando.
Tudo falhou de alguma maneira.
Não que tudo tenha sido ruim.

Eu só quero que tudo dê certo nesse momento.
Na minha vida.

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domingo, 16 de março de 2008

sáb-dom



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trampo-banho-teclado-música-marcelo
chiquititas-casaco-pizzaria-chuva-amigos
conta-bar-sozinha-depois-victor
cerveja-apartamento-marcos-maurício-bruno
mais-maurício-corrida-tapete-sono
cama-do-victor-cobertor-acorda-ligações
relógio-ensaio-gripe-laringite-garganta-ruim
café-na-padaria-gueis-cachorros-sudoeste-hospital
receita-remédios-terraço-shopping-risoto
camarão-lula-devassa-ruiva-companheirismo
amizade-casa-banho-folga.

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

preenche?



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Esqueçam dos amores que citei. Esqueçam das declarações que fiz.
Esqueçam as falsas propostas de amores perdidos. Esqueçam.

Lembrem-se de que sou apenas eu. Camila, às vezes poética, às vezes esquecida.
Uma só que pode completar o resto que te falta, ou não.
Que pode ler teus pensamentos e fazer do teu dia maravilhoso, ou não.
A temperamental, sem-sentido, sem-amor, com-paixão.
Compaixão daqueles que podem apaixonar-se por mim.
Os quase-casados, me esqueçam por lembranças.

Hoje eu quero viver p'rum só.
Romântico, exímio escritor, com um gosto musical atiçado.
Aquele que não mede palavras pra agradar, que mora longe, que dá saudade.
Poético, em-comum-comigo.
Gosta dos hífens em excesso e de mensagens inesperadas.
Dos filmes e das piadas.
E dos apelidos sem-sentido.
Assim como de mim.

Porém, d'outra também.

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

repenti-na-mente.



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Tá, vou desabafar.

Acho que é coisa minha, mas o Fabinho me conhece:
ska diz: camy, vc é a menina que se apaixona mais rapido no mundo
ska diz:
hahahaha

E ainda hoje eu me pergunto como ele me conhece tão bem assim.
Eu e o Fabinho vivemos uma longa história de amor, cheia de altos e baixos. Amor de amigo, aquele amor sufocante que precisa que carinho, um abraço na madrugada, de ouvir coisas juntos, de desabafar, de conversar durante longas horas. O único probleminha é que ele mora em Santos e eu em Brasília. Mas isso é talvez algo bom, algo que me diz que não é agora que devemos andar colados. Ele precida resolver os problemas dele, e eu os meus.
Contei pra ele que conheci o cara dos meus sonhos, ele faz sushi, ouve muito ska, toca trompete, andou muito tempo de skate, tem piercings e tatuagens, é estiloso, trabalha com desenho, ilustrações, arte gráfica, é carinhoso... porém o fulado tá apaixonado por uma menina uns doze anos mais nova que ele. Isso é um pequeno detalhe que se deve levar em consideração. Ninguém se apaixona mutuamente se não rola dos dois se apaixonarem respectivamente. Isso é fato, tá consumado. Eu deixei de lado, e ainda tô deixando de lado apesar de achar que tô apaixonada por ele. Eu acho, não tenho certeza. E pela incerteza é melhor deixar pra lá. Deixar que o tempo diga, que as coisas corram como predestinado ou por surpresa, assim, simples, sem-muito-destino.
E ninguém dirá que será tarde demais ou tão diferente do que foi nesse carnaval.

A gente é quem sabe.

P.S.: Te amo Fabinho, saudade-infinitas.


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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

terça-quarta insanas






terça:
tudo seria igual: a mesma rotina, do trabalho pra casa. a não ser pelo fato de que eu sou um pouquinho doida.
na terça, saindo do trabalho fomos até a concorrente fnac. digo fomos assim, no plural, porque era eu e o marcelo. ouvimos uma batucada doida, aquele tal de pocket show. estava vazio com pessoas sentadas e um batucadão rolando. eu e o marcelo nos perguntamos como e não exitamos em dançar. dançamos muito! a banda era muito boa! até a trombonista, o saxofonista e o percursionista chegarem a fazer uma roda com a gente no meio pra dançarmos! meu deus, que coisa. coisa de louco, gente doida, só pode. compramos o cd, conhecemos a banda que é do canadá, conversamos em inglês, em francês, trocamos informações musicais. esqueci que tinha que passar na casa do toinho pra jogar poquer, e ele me liga. marcelo me deixa lá. achei que ia ser a mesma galera, mas tava larissa (que eu já conhecia dos cursinhos) e mais três rapazes que eu nunca tinha visto na vida. o celcel (balckpowerstyle), o thales (olheirastyle) e o skiter (narigastyle). jogamos bastante, comemos carne de avestruz assado, tomamos uma cerveja que nunca tinha visto na vida, coisas que só acontecem na presença do toinho. a jogatina acabou às 5am e o nariga me deixou em casa num carro da 5 à sec, um fiorino (tava mais pra friorino) eu na frente e carregou o celcel no camburão. só risada na madruga inteira.
quarta: a parte chata disso foi que atrasei no trabalho e amanheci com falta de ar. trabalhei, voltei pra casa, me arrumei, comi e peguei o gatinho na octogonal. sorriso lindo! fomos ao cinema assistir "o caçador de pipas". eu já tinha lido o livro, ele ainda não. comprou pipoca, refri e quase chorei assistindo tudo aquilo que eu tinha lido. foi muito emocionante. a sensação do cinema, apesar de ser um pouco falha quando se trada de ser o filme do livro, é muito boa. depois jogamos uma sinuquinha pra relaxar e correu todo bem. adorei ter saído com um garoto com menos idade que eu e que eu nunca tinha visto antes na vida. apesar da idade tem cabeça, e pra mim isso que é o tchan de coisa. só faltou a pegadastyle. mas essas coisas vem com o tempo... ou não. não deixou de ser divertido, diferente, inusitado. já virou amigo.

calma, bloguinho.
eu não te abandonei.



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