segunda-feira, 28 de setembro de 2009

da garoa, da saudosa, da são paulo.

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gosto desse semi-inferno. por mim, abraçava o capeta todo santo dia.
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a neblina da madrugada subia às vistas de quem descesse a augusta. fomos eu, um grande amigo e uma grande amiga comer pizza n'uma noite gelada, embriagada e escandalosa. o filme da câmera analógica não parava de rodar e as risadas continuavam n'um uníssono, quebrando o silêncio fúnebre do corredor do hotel. ali tinha festa, amor. e agora fica uma saudade que bate à porta do meu quarto, me chamando para matá-la com mil abraços, mil sorrisos, mil carinhos e muita felicidade.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

fez-se morada.

no meu peito mora uma felicidade enorme: quer gritar, falar que está aqui. mas a garganta nao deixa, sufoca, tosse palavras que não são aquelas desejadas e ao invés de colocar tudo pra fora, espirra e molha quem estiver por perto.
peço que corte-o, com muito carinho e que me cale com as suas palavras mansas. amansa meu coração, acalma minh'alma e sorri daquele jeito dizendo que entende, que me quer contigo de peito aberto.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

das nuvens;

e se eu pudesse descer e dizer: ei, sua plantação tem forma de um lobo uivando e se completa com a plantação vizinha, que é como a lua. e mais: sabe todos esses laguinhos? lá de cima refletem como pequenos espelhinhos que brilham forte quando o sol bate, é lindo de ver. mas certo que se eu descesse pra dizer, morreria. de cima é tudo tão diferente e às vezes meu medo some de tão bonito que é ver aquilo. de imaginar: o que são aquelas partes verdes e enrrugadinhas? e se disserem que são montanhas, prefiro acreditar que são dobras da saia de alguma menina perdida n'um absurdo verde e infinito, dançando; e ver aquelas curvas brilhantes e me disserem que são apenas canais de rios ou lagos, prefiro pensar que é o resquício de lágrimas de alguma pessoa muito solitária na imensidão do planeta.
da solidão, do alto. o que me resta é chegar em casa. pisar firme no chão e parar de sonhar. porque os sonhos não passam de realidade imaginada. e carrego eles pra não perder minhas asas. meus pés, minha caminhada.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

negação.

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e se um dia disser que me ama, calarei-me. não posso amar-te da mesma forma, não sou páreo para esse combate. fecharia meus olhos e pediria com delicadeza que se entregue à ela. pois, ela sim merece esse árduo e duvidoso amor. eu sou pura solidão, mas me completo sem o seu empasse.

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(afastarei-me para o sul. de uma ou duas quartas vocês ficarão nus.)