quarta-feira, 9 de setembro de 2009

das nuvens;

e se eu pudesse descer e dizer: ei, sua plantação tem forma de um lobo uivando e se completa com a plantação vizinha, que é como a lua. e mais: sabe todos esses laguinhos? lá de cima refletem como pequenos espelhinhos que brilham forte quando o sol bate, é lindo de ver. mas certo que se eu descesse pra dizer, morreria. de cima é tudo tão diferente e às vezes meu medo some de tão bonito que é ver aquilo. de imaginar: o que são aquelas partes verdes e enrrugadinhas? e se disserem que são montanhas, prefiro acreditar que são dobras da saia de alguma menina perdida n'um absurdo verde e infinito, dançando; e ver aquelas curvas brilhantes e me disserem que são apenas canais de rios ou lagos, prefiro pensar que é o resquício de lágrimas de alguma pessoa muito solitária na imensidão do planeta.
da solidão, do alto. o que me resta é chegar em casa. pisar firme no chão e parar de sonhar. porque os sonhos não passam de realidade imaginada. e carrego eles pra não perder minhas asas. meus pés, minha caminhada.

9 comentários:

Nat disse...

já disse que tá lindo,mas repito: tá lindo!

miih disse...

pra variar, lindo como todos os outros *-*

Marcelo disse...

Adorei! Me lembrou daquela belíssima música do Tchan:

"Ela é um AÉ, ré ó RÓ, plê á PLÂ, nê ó NÓ, um avião!"



Nostalgia total.

camilacorado disse...

HAUIhaiuHAIUhaiuHAIUhaiuHAIuha.
te amo, horroroso.

céu e saudade disse...

e o melhor de voar com os pés no chão é a segurança. segurança de saber que nada é seguro, de que tudo é duvidoso e de que o imaginar, pode sim, vir a se tornar realidade.

Luciano disse...

Hei Camila :)
Legal a tua narrativa, as imagens que o texto sugere.
Gostei daqui...
Abraço de arte, menina.

Vital disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vital disse...

bom mesmo é entender a solidão como companhia sempre presente que ela é!

é um prazer conhecer suas palavras...
entresaber-nos é uma casa aberta pra você, seja bem-vinda.

POEM HAS BROKEN disse...

eu nada seria sem essa minha realidade imaginada.