segunda-feira, 2 de novembro de 2009

meu chão

flutuo n'um céu de canivetes
abro meus braços para sair
e não consigo. me talho por liberdade
e não consigo. me mato para ir,
sem ter que voltar nesse inferno.
nesse instante quero meu progresso,
minha liberdade.

olhem mães, olhem pais!
estou, enfim, livre!
mas não se privem
da minha ausência,
não me esperem mais.
estou bem longe daquele céu
e mais perto do meu cais.

2 comentários:

Vital disse...

só nas novelas a liberdade não trás consigo seu próprio grilhão.

é difícil descobrir chão

POEM HAS BROKEN disse...

"estou bem longe daquele céu
e mais perto do meu cais"

Acalma essa maré, coração.