quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

déjà vu.

a rua vazia embalava aqueles laços afetuosos e tão imensos que quase não cabiam em seus braços. depois de tanto tempo já não tinha como comparar mais. havia esquecido como era o beijo, o carinho, o encontro e mesmo que tudo se repetisse da mesma forma que o fora, jamais seria igual. deixou-se levar pelo som flutuante do silêncio, cortado pelo sino de metal do vizinho que entoava com o vento e estava lá propositalmente pois nunca o tinha ouvido antes. nem uma palavra, só um sentimento e uma música aqueciam seu coração e perseguiam suas têmporas n'um ritmo confuso e ao mesmo tempo pacífico que acalmava seu espírito e deixava uma segurança passageira naquele corpo que se perdia no significado da paixão.
depois de um adeus, nunca mais o vira e preferia que tudo permanecesse naquela rua vazia, cheia de paz, cheia de alegria.

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